segunda-feira, 2 de julho de 2012

O eterno confronto entre a mocinha e a heroína


Essa postagem não vai falar sobre um livro específico, pessoal. Hoje estou aqui pra esclarecer um pouco a confusão entre o que é a "mocinha" e a "heroína", que vem crescendo a medida em que o público da nossa idade vai lendo os livros "modinha", sem se dar conta do que está acontecendo de verdade. 
Está cada vez maior o número de livros lançados com o tema principal romance entre um mortal e um ser mitológico. Disso todo mundo já sabe. É mais ou menos esse tipo de livro que a gente vê nos mais vendidos em todas as livrarias. Não são os únicos, é claro. Mas são esses livros que vêm causando uma certa polêmica por aí. Quem que está acostumado a ler esse gênero, nunca ouviu falarem mal de Luce, Ivy, Bella,  ou qualquer outra protagonista? Estamos acostumados a ler e a ouvir comentários que, pelo menos pra mim,  parecem serem feitos por pessoas que já cansaram de ler histórias em que a protagonista tem um perfil bem comum: a mocinha.
A mocinha é a princesa que foi presa numa torre pela bruxa má e espera ser salva pelo príncipe. É a "coitada" da história, que sofre as consequências das ações dos outros personagens (bruxa má e príncipe, no caso). Se fôssemos comparar uma obra literária com um desenho, a mocinha seria o contorno de caneta preta que a gente faz (depois de ter criado o desenho e colorido) pra deixar o nosso trabalho bonitinho e organizado. É mais ou menos assim que é a importância da mocinha para a história: ela não "cria" as situações (desenho), muito menos age contra os acontecimentos (cor). Ela apenas deixa a história mais organizada, com um "alvo", alguém para causar empatia ao leitor (ou pena, como quiser). 
Hoje, temos uma tendência a simpatizar mais com as heroínas: Hermione, Nora, ou Katniss Everdeen. São aquelas que nos inspiram a correr atrás dos nossos objetivos, a sermos fortes diante das situações difíceis. Diferente da mocinha, a heroína tem um papel bem mais importante para a história, pois são as atitudes delas que tem mais importância para o desfecho da trama. Ela deixa a história bem mais emocionante, dá mais "cor" ao desenho, digamos. 
As mulheres e garotas, ao ler os livros da atualidade, já se cansaram de serem as coitadinhas em tudo. Elas querem ser independentes, livres dos "príncipes encantados", que tinham que fazer tudo por elas. Por isso, quando leem Beijada por um anjo, ou Fallen, por exemplo, muitas delas ficam revoltadas da vida e permanecem odiando eternamente a protagonista. 
Bem, esses dois tipos de personagens têm papeis diferentes na história e, a gente tem que se acostumar com a tendência de só surgirem mocinhas agora, pelo menos no gênero de romance com humanos e seres místicos. Então, pessoal: não fiquem revoltados com essa nova tendência, afinal, as mocinhas são uma representação das pessoas no mundo real, mostrando que nem todo mundo é capaz de lutar pelo que quer como poucas pessoas. Elas são uma espécie de mensagem do escritor, mostrando que você pode esperar que outras pessoas façam coisas pra você e você corra o risco de morrer ou que faça as coisas por conta própria, pelo bem de quem você ama. 

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