domingo, 26 de maio de 2013

"Finale", Becca Fitzpatrick

Fitzpatrick mal chegou com Hush-Hush e já partiu levando consigo Finale, o último livro da sua série de anjos caídos. Durante esses quatro livros, ela soube impressionar – enervar – e agradar os leitores apaixonados pelo casal Patch e Nora, que muitas vezes precisaram passar por altos e baixos para finalmente ficarem juntos. Mas a questão é: para quem não leu Finale, o que esperar do livro? Faça o seguinte: não espere nada. Não importa quantas vezes você imagine, o final da série não vai ser como você imaginou. Becca foi completamente imprevisível no enredo do quarto livro. Você não vai conseguir adivinhar o que vai acontecer no fim. Fato.

 Nora e Patch pensavam que seus problemas tinham ficado para trás. Hank estava morto, e seu desejo de vingança não precisava ser levado adiante. Na ausência do Mão Negra, porém, Nora foi forçada a se tornar líder do exército nefilim, e era seu dever terminar o que o pai começara — o que, essencialmente, significava destruir a raça dos anjos caídos. Destruir Patch.
Nora nunca deixaria isso acontecer, então ela e Patch bolam um plano: os dois farão com que todo mundo acredite que não estão mais juntos, manipulando, dessa forma, seus respectivos grupos. Nora pretende convencer os nefilins de que a luta contra os anjos caídos é um erro, e Patch tentará descobrir tudo o que puder sobre o lado oposto. O objetivo deles é encerrar a guerra antes mesmo que ela venha a eclodir. Mas até mesmo os melhores planos podem dar errado... 


E como podem dar errado! Em toda a trama, nada – absolutamente nada – sai do jeito que Nora e Patch planejaram, tanto no campo positivo, quanto no negativo. Faltavam menos de 50 páginas para o livro acabar e nada da história se resolver, até piorar, o que me deixou desesperada.
No quesito personagens, Fitz foi boa como sempre, mas dessa vez, oprimiu algumas boas figuras (como a Vee, que poderia ter sido mais útil a história, dar mais ação ao enredo) e destacou outras que provavelmente muita gente não suporta (como a Marcie, que muito atrapalhou Nora durante as suas missões impossíveis). Porém, pessoas como o Scott “saíram muito bem na foto” ao fim de Finale (redundância?), pois foram chave de ouro para o desfecho da história.
Realmente não tem muito o que falar sobre Finale sem dar spoiler, mas aqui vão algumas curiosidades sobre a série que vocês vão adorar saber:
  1. 1.   Becca sobre Hush-Hush: “Quando procurei por um título para Hush, Hush, procurei por uma palavra que significasse algo do tipo sigiloso ou secreto. Folheando pelo dicionário avistei a palavra “Hush”, que significa manter encoberto. Pensei que fosse um título bem apropriado, já que há muitas, muitas coisas que Patch esconde de Nora no livro."
  2. 2. O modelo que representa Patch na capa de Sussurro tem 22 anos e se chama Drew Doyon.
  3. 3. O personagem de Patch foi baseado num rapaz que Becca Fitzpatrick conheceu na sua juventude (e ela deve ter se apaixonado por ele, pois convenhamos, ela o conhece muito bem!).


Bem, galera, é isso aí. Hush-Hush vai deixar saudade, principalmente se não for transformado – e quem sabe estragado – em algum filme. Os personagens evoluíram, principalmente Nora, que ficou muito mais madura e decidida. Simplesmente ela fez tudo que tinha que ser feito, sem ficar precisando de Patch pra tudo. Isso deixou um gostinho bom quando terminei a última página do livro. Tipo, felicidade plena. 

"Amor Assassino", Bruna Pereira Caetano

Logo aviso: não, não é uma história Crepusculeana. Na verdade, pra quem leu Amor Assassino, essa história é capaz de surpreender - ou decepcionar - o leitor do começo ao final do enredo, mas sem imitar nenhuma escritora famosa. 
Eu nunca imaginei que provaria de alguém tão cruel e ao mesmo tempo tão... doce. Nunca imaginei que viveria uma paixão tão intensa e ao mesmo tempo tão... errada. Mas aqui estou eu, provando mais uma vez dos lábios mais lindos e deliciosos do planeta, que pertencem à pessoa mais incrível do universo. Aqui estou eu, provando de um assassino bem pago e totalmente maravilhoso, pelo qual eu sou completamente apaixonada e que tem que me matar.
A primeira coisa que um cidadão amante de romances tórridos deve pensar ao ler isso é: "uau". E realmente, quando baixei esse e-book (acho difícil encontrá-lo em formato "físico", perambulando por uma livraria) achei que a história tinha tudo para me prender. 
Melissa Martinz é uma garota pertencente a uma família rica, graças ao talento natural do pai para o mercado de cosméticos, que tem uma vida feliz e agradável na cidade de São Paulo. Até que, ao voltar de madrugada de uma festa de 15 anos, após um pressentimento horrível, Melzinha - porque a personagem no livro chora demais, mas é um doce -  encontra sua família assassinada em sua casa, sem nenhuma razão aparente. Para superar o trauma da morte misteriosa de seus pais e do seu irmão, ela vai com sua tia para uma cidadezinha no interior de Minas Gerais reconstruir a vida. Lá, ela faz alguns  amigos e conhece Caio, um cara gatão que rouba toda a sua atenção assim que ele decide aparecer no colégio da cidadezinha. E não preciso dizer que ela se apaixona perdidamente pelo bofe, que faz de tudo para chamar a atenção dela e cativá-la.
Bruna pode ter arrasado na sinopse do livro, mas com certeza pecou no desenvolvimento da história, O tema é original, mas se tivesse sido bem trabalhado, se tornaria épico. Faltou que alguns coadjuvantes (como a Paty e o Fernando) fossem melhor elaborados, que tivessem um papel mais representativo na história. No começo, eles aparecem na vida de Melissa e logo depois  eles somem, como se tivessem sido criados para “tapar” o déficit de personagens.
Para as mentes mais atentas: notaram a influência americana no livro? É comum, por acaso, as pessoas no Brasil se referirem as outras como Srta. + Sobrenome ou Sra. + Sobrenome? O livro é brasileiro, não tem porque colocar cultura americana aí dentro para fingir que certos costumes são do nosso país. Não faz sentido. Momento nacionalista: as pessoas deviam se preocupar mais em mostrar a cultura nacional do que “repetir” aquilo que elas leem nos livros aí a fora. Principalmente os jovens, que estão ingressando cada vez mais no mercado da literatura.
Me decepcionei um pouco também com o fato de não haverem muitas cenas românticas, que era exatamente a proposta do livro – pelo menos foi o que ficou implícito na sinopse. Faltou a riqueza de detalhes, aquela emoção arrebata o leitor quando ele lê uma cena romântica, sabe? Os sentimentos eram superficiais e o trauma que a garota sofreu pareceu superficial aos meus olhos. Talvez se a autora filosofasse um pouco mais sobre a dor de perder alguém, a história ficasse mais profunda.
Porém, não sou só críticas a Amor Assassino. Seria uma grande mentira se eu dissesse que o livro é horrível. Pra ser realista, ele é um romance água com açúcar, pra passar o tempo. É leve, fácil e rápido de ler. Se você gosta desse tipo de livro, vai fundo.  Mas se precisa de algo mais denso, esse não é o livro que você procura. Faça como eu: corra para uma livraria e vá para a seção Romance Apimentado,  em vez de procurar na área Romance Água Com Açúcar.  As experiências vão ser muito melhores. 

De volta a ativa!

Depois de tanto tempo inativo - nem acredito que demorou um ano para eu aparecer por aqui - o blog está voltado! Sim, ainda estou dando alguns retoques, como o layout, design e as postagens que eu colocarei aqui. Para a minha sorte, continuei lendo tantos livros como antes e vou caprichar nas resenhas dos próximos que virão. Ah, aqui vêm as novidades: o Amo Romance não via mais tratar só da literatura romântica de fato: haverá espaço também para os outros gêneros. Então vou arregaçar minhas mangas e colocar esse blog pra funcionar, porque um ano parado não é brinquedo não!
Um beijo :*