domingo, 21 de julho de 2013

"Pandemônio", livro #2 - Coleção Delírio, de Lauren Oliver


Lauren Oliver volta brilhante mais uma vez em Pandemônio, para continuar a história de Lena Haloway desde sua passagem para a Selva - a terra dos inválidos - e após perder Alex, que dera a vida para que isso fosse possível. Assombrada pelo fantasma de seu primeiro amor e pelos meses de luta por sobrevivência dentro da Selva, Lena vive escondida sobre as ruas de New York, com Graúna e Prego, no meio de uma revolução que estoura na cidade e que ameaça abolir o sistema contra o Delíria. Seu trabalho é se infiltrar pelas associações a favor da intervenção contra a "grande doença" e ajudar os rebeldes a porem fim num dos governos mais opressores da história dos Estados Unidos. 

Admito que Pandemônio não teve a quantidade de romance presente no primeiro livro da série, Delírio, mas o quesito personagens deu de dez a zero com relação ao livro anterior. Na sequência da coleção, nos damos de cara com Graúna, Prego, Azul, Alistar, Sarah e Julian, personagens muito mais interessantes e que causam bem mais empatia do que no primeiro livro da série - onde, além da indecisa Lena, a gente só se deparava com sua amizade com Hana, a sensualidade de Alex e só. Finalmente a grande revolução entre os rebeldes - também conhecidos como inválidos - e o governo começa pra valer e com isso, o livro ganhou as desejadas cenas de ação e ficou bem mais saboroso - afinal, ninguém vive só de romances calientes, confessem. O grande detalhe é: Lena, após meses e meses sofrendo dentro da Selva e tentando se adaptar com as figuras misteriosas e autoritárias - or, or, Graúna - dentro do lar que a salva da beira da morte, finalmente consegue se transformar em uma garota madura e determinada a proteger as pessoas com quem ela se importa.

Sem contar que um bofe aparece na história para balançar o coração de Lena: Julian Fineman, o filho do líder da ASD - Fundação América Sem Delíria, que ela era encarregada de espionar - que tinha sofrido um grande problema de câncer, mas apesar do risco de morte para fazer a cirurgia, estava determinado a ser sacrificar "em prol da nação". Os grandes problemas que os dois passam juntos e até separados ao longo do enredo fazem com que eles se unam cada vez mais e descubram algo em comum: ambos estão cansados de viver sob ordens dos outros e querem ser felizes do jeito deles. 
Temos também uma breve explicação sobre o que aconteceu com a mãe da nossa protagonista: afinal, o que houve com ela depois que fugiu das Criptas? Onde ela foi parar? O que ela faz da vida? Bem, algumas dessas perguntas são respondidas.
Porém, eu confesso que o final, momento que considero o ápice do livro - pode isso, produção? - foi bombástico e quase que inacreditável! Só não fiquei completamente chocada porque no inicio da minha leitura, imaginei se seria possível que o fato mostrado no final acontecesse. Mas mesmo assim, é difícil encontrar um leitor que não tenha ficado passado com término de Pandemônio e super ansioso para Requiem, última obra da trilogia - ainda sem tradução no Brasil. 
Enfim, considero Pandemônio intrigante, emocionante e, como já não é novidade nos livros de Oliver, impossível não parar de ler até terminar! Mas o mais importante: não vai faltar cenas 
românticas para trazer a velha sensação térmica de calor às leitoras apaixonadas. 

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